quinta-feira, 10 de novembro de 2011


Maria Rita sobre a mãe, Elis Regina: 'Não tenho lembrança'



Cantora morreu quando Maria Rita tinha apenas quatro anos. Maria Rita contou a revista que não liga para comparações.


Maria Rita (Foto: Jorge Lepesteur/Rolling Stone)


Maria Rita negou em entrevista à revista "Rolling Stone" que imita a mãe, Elis Regina, em seus shows. A cantora já chegou até a ser acusada de assistir a vídeos antigos de Elis para imitá-la.

"Sabe por que isso não é verdade? Porque dói e dói muito mais em mim do que em todos vocês juntos. As pessoas se esquecem de que antes de ela ser a Elis Regina, para mim ela é minha mãe – e uma mãe da qual eu não tenho lembrança", disse a cantora, que explicou que seu problema não é a comparação com a mãe, mas o julgamento das pessoas. "Não são as comparações, é a ignorância."

Apesar das críticas, Maria Rita é segura de si e se defende bem. "Tem gente que chega com uma maldade danada pra falar desse assunto. Alto lá e mais respeito. O que eu já tive que ouvir por causa disso! (as pessoas perguntam) ‘Quem ela pensa que ela é?’ Quem pensa que sou o quê? Não, eu não penso que sou, eu sou. Se estiver duvidando, pegue aí o meu RG!", desafiou.



Maria Rita na revista Rolling Stone (Foto: Jorge Lepesteur/Revista Rolling Stone

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Maria Rita cantará pela primeira vez músicas de Elis Regina




Cantora apresentou ao lado do irmão o novo projeto cultural "Viva Elis" em parceria com a Nivea: "A mãe é nossa, mas ela faz parte do Brasil"


Por Sonia Vieira; Fotos Ag News



Maria Rita, 34, cantará pela primeira vez músicas de sua mãe, a cantora Elis Regina, morta aos 37 anos em 1982. Na tarde desta terça-feira (8), a cantora esteve ao lado do irmão, João Marcelo Bôscoli, no Terraço Daslu, em São Paulo, para apresentar o projeto cultural "Viva Elis" em parceria com a marca de cosméticos Nivea.


Além dos shows pelo Brasil em 2012, o projeto também conta com um documentário, livro e exposição itinerante com fotos sobre a carreira de Elis Regina. "Quando Elis morreu, invadiram a nossa casa na Cantareira e pegaram tudo o que era dela. Nessa, muitas coisas se perderam. Os próximos meses para nós serão de compilação, pois muita coisa se perdeu e acho que muita gente vai querer nos ajudar nesta homenagem. A maioria das coisas da Elis estão guardadas em arquivo de grandes empresas. A mãe é nossa, mas ela faz parte do Brasil", disse João em entrevista coletiva.


As apresentações serão gratuitas e realizadas em cinco cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. O início da turnê está marcado para o mês de março, ainda sem local confirmado. Esta será a primeira vez que Maria Rita subirá ao palco para interpretar apenas músicas de sua mãe. Em outras ocasiões, Maria Rita chegou a cantar algumas músicas de Elis em gravações especiais, como em 2009 ao lado de Gilberto Gil com a canção "Amor até o Fim".


"Será um show solar, tudo muito claro, branco, e se estiver ensolarado será incrível. Nada de tristeza. É um show nu, em que a música é a atração principal. O som será de melhor qualidade. É uma homenagem para a Elis, não um projeto especial. Teremos 5 dias únicos e mágicos", disse João Bôscoli.



Símbolo de gerações


Maria Rita falou sobre a turnê de shows que realizará em parceria com a Nivea no próximo ano. "Essa homenagem já existia há muito tempo dentro de mim, e hoje eu me sinto madura para fazer isso. Estou em turnê com meu disco agora. Só em janeiro vamos pensar em um repertório. Sei que isso vai mexer muito comigo, mas no decorrer do tempo vou me acalmar."


"Desde os 15 anos eu escuto meus irmãos dizerem para não deixar o nome da Elis morrer. A Elis era uma mulher politizada e envolvida em questões domésticas. Ela cozinhava, cuidava dos filhos... Ela é um ícone que serviu de símbolo para algumas gerações. Tudo o que eu puder fazer para manter o nome dela vivo, vou fazer", disse a cantora. João fez questão de elogiar o trabalho da mãe. "Para nós, filhos da Elis, ela é uma das melhores cantoras do mundo. Ela será a melhor do mundo sempre. Faremos de tudo para que ela esteja perto da gente."

Projeto cultural e especial


Em entrevista coletiva, Taciane Ponce, Diretora de Marketing da Nivea Brasil, explicou o projeto "Viva Elis". "Esse projeto já existia e o João Marcelo estava estudando a empresa que pudesse se interessar por ele e iniciar uma parceria. Quando ele apresentou a ideia para a Nivea, a gente se encantou profundamente. Queremos sempre estar muito bem com o consumidor, e queremos nos aproximar cada vez mais com esse brasileiro que está sempre atento à novas possibilidades de vida. Uma das coisas que a gente entende como empresa, é que podemos aumentar o repertório das pessoas. Uma das plataformas que a empresa quer trabalhar é juntar a cultura popular através da música. Quando vimos os valores que tinham atrás desse projeto, os valores da Elis, a relação de geração com geração, vimos que tinha uma conexão com o DNA da marca."

Maria Rita vai mesmo cantar Elis Época Blog Mente Aberta Deve ser anunciado nesta terça-feira (8), em São Paulo, uma série de cinco shows da cantora Maria Rita cantando o repertório de sua mãe, Elis Regina (1945-1982). As apresentações fazem parte do projeto Redescobrir Elis, que inclui, ainda, exposição e um documentário sobre a cantora. O projeto terá patrocínio da Nívea. No dia 19 de janeiro de 2012, completam-se 30 anos da morte de Elis. Os shows de Maria Rita não devem acontecer em janeiro. A cantora prefere outra data, provavelmente em março, mês de aniversário de Elis. Em declarações recentes, a cantora afirmou que precisa se preparar emocionalmente para cantar o repertório da mãe. Em uma entrevista para Jô Soares, no último dia 24 de outubro, Maria Rita chorou quando o apresentador falou de sua amizade com Elis. Ao longo da carreira, Maria Rita cantou – em projetos paralelos, nunca em seus shows ou discos, – quatro músicas da mãe. Para um especial da TV Globo interpretou Essa mulher, canção de Joyce gravada por Elis em 1979. Também de 79, Maria Rita cantou “Basta de clamares inocência”, em um show em homenagem ao compositor Cartola. O clássico “Carinhoso”, gravado por Elis em 1966, ganhou a voz de Maria Rita em 2010, em dueto com Ney Matogrosso. Com Gilberto Gil, Maria Rita cantou “Amor até o fim”, samba que Elis gravou por duas vezes (1966 e 1974). Até dezembro, Maria Rita segue com apresentações da turnê de seu disco Elo, o quarto de sua carreira. (Danilo Casaletti)


Época


Blog Mente Aberta


Deve ser anunciado nesta terça-feira (8), em São Paulo, uma série de cinco shows da cantora Maria Rita cantando o repertório de sua mãe, Elis Regina (1945-1982). As apresentações fazem parte do projeto Redescobrir Elis, que inclui, ainda, exposição e um documentário sobre a cantora. O projeto terá patrocínio da Nívea. No dia 19 de janeiro de 2012, completam-se 30 anos da morte de Elis.


Os shows de Maria Rita não devem acontecer em janeiro. A cantora prefere outra data, provavelmente em março, mês de aniversário de Elis. Em declarações recentes, a cantora afirmou que precisa se preparar emocionalmente para cantar o repertório da mãe. Em uma entrevista para Jô Soares, no último dia 24 de outubro, Maria Rita chorou quando o apresentador falou de sua amizade com Elis.

Ao longo da carreira, Maria Rita cantou – em projetos paralelos, nunca em seus shows ou discos, – quatro músicas da mãe. Para um especial da TV Globo interpretou Essa mulher, canção de Joyce gravada por Elis em 1979. Também de 79, Maria Rita cantou “Basta de clamares inocência”, em um show em homenagem ao compositor Cartola.


O clássico “Carinhoso”, gravado por Elis em 1966, ganhou a voz de Maria Rita em 2010, em dueto com Ney Matogrosso. Com Gilberto Gil, Maria Rita cantou “Amor até o fim”, samba que Elis gravou por duas vezes (1966 e 1974).

Até dezembro, Maria Rita segue com apresentações da turnê de seu disco Elo, o quarto de sua carreira.


(Danilo Casaletti)

Época


Blog Mente Aberta


Deve ser anunciado nesta terça-feira (8), em São Paulo, uma série de cinco shows da cantora Maria Rita cantando o repertório de sua mãe, Elis Regina (1945-1982). As apresentações fazem parte do projeto Redescobrir Elis, que inclui, ainda, exposição e um documentário sobre a cantora. O projeto terá patrocínio da Nívea. No dia 19 de janeiro de 2012, completam-se 30 anos da morte de Elis.


Os shows de Maria Rita não devem acontecer em janeiro. A cantora prefere outra data, provavelmente em março, mês de aniversário de Elis. Em declarações recentes, a cantora afirmou que precisa se preparar emocionalmente para cantar o repertório da mãe. Em uma entrevista para Jô Soares, no último dia 24 de outubro, Maria Rita chorou quando o apresentador falou de sua amizade com Elis.

Ao longo da carreira, Maria Rita cantou – em projetos paralelos, nunca em seus shows ou discos, – quatro músicas da mãe. Para um especial da TV Globo interpretou Essa mulher, canção de Joyce gravada por Elis em 1979. Também de 79, Maria Rita cantou “Basta de clamares inocência”, em um show em homenagem ao compositor Cartola.


O clássico “Carinhoso”, gravado por Elis em 1966, ganhou a voz de Maria Rita em 2010, em dueto com Ney Matogrosso. Com Gilberto Gil, Maria Rita cantou “Amor até o fim”, samba que Elis gravou por duas vezes (1966 e 1974).

Até dezembro, Maria Rita segue com apresentações da turnê de seu disco Elo, o quarto de sua carreira.


(Danilo Casaletti)

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Produtor de Elis Regina entrevista Maria Rita




Cantora falou do novo disco 'Elo', da influência da música negra e do contato com a mãe e a família.




Tempos depois, o produtor que, ao lado de Ronaldo Bôscoli, criou grandes espetáculos para Elis, se rendeu e foi ao Canecão ver que ser era aquele que levava no sangue partículas de um DNA tão poderoso.

Dez anos depois, Luiz Carlos Miele se encontra com Maria Rita para uma entrevista especial a pedido do C2+Música.

Na pauta: um disco novo chamado Elo, a influência da música negra, a família e... Elis Regina.


Há músicas sofisticadas no seu novo disco que parecem não ser para tocarem no rádio e virar sucesso. Sempre teve esse critério de fazer o que gosta e ponto?


Eu impus isso desde o início e tive o Tom Capone (morto em 2004) como produtor, que comprava minhas brigas. Um presidente de companhia lhe disse certa vez que faltava um hit radiofônico em meu trabalho. E ele falou: "Quem está lá dentro do estúdio com o microfone é ela. Eu vou dar um choque para ela cantar isso?". É aquela coisa do saber o que quer e principalmente saber o que não quer.

Seu primeiro passo foi aquele bar da Oscar Freire, em São Paulo, o Supremo Musical, não?


Foi sim.

Sabia que não fui te ver? Disse: 'Não vou porque se ela não for maravilhosa eu vou ficar muito chateado. E se ela for maravilhosa, vou passar mal pra car.... Vou ter um nó na garganta que não vou conseguir'. Na primeira vez que você fez o Canecão, Mário Prioli (dono da casa) me ligou e disse: 'Italiano, vem pra cá que não vou ficar chorando sozinho'. E aí eu fui e nós dois choramos (risos). Mas vamos lá, quanto tempo você ficou fora do Brasil?


Saí com 16 anos e voltei quase que com 24. Morei em Nova York e Nova Jersey.

E ouvia muito jazz por lá?


Muito. Jazz, hip hop, música negra mesmo.

Isso é engraçado. Uma vez seu irmão, o João Marcello, estava em casa e eu botei para ele um vídeo com Michael Jackson e Diana Ross


Ih, aquilo é bom...

Eu não sabia muito de Michael Jackson e ele ficou indignado com isso. Ele tinha 12 ou 13 anos, e dizia: "Como é que você não sabe?


Michael Jackson é o máximo. Aliás, os negros são o máximo! A melhor música do mundo é negra". Aí eu disse: "Mas sua mãe é branca, rapaz". E ele: "Minha mãe é minha mãe, não enche". Você também tem essa visão de brancos e negros na música?Eu fui criada com o meu pai (Cesar Camargo Mariano) falando 'na próxima encarnação eu quero vir negro'. Falamos brincando que a gente é tudo negão lá em casa (risos).


Art Blakey disse para mim, certa vez, sobre a Elis: "Essa menina é uma das dez melhores cantoras brancas do mundo". E eu: "Como é que vocês fazem essa divisão de cantora negra e cantora branca?". E ele: "É porque ela existe. Se você ouvir Peggy Lee ou Barbra Streinsand, vai saber que é branca quando está cantando. Se colocar Diana Washington, vai ver que há diferença”. Você tem ídolos negros?


Miles, Ella, Nat King Cole. Mas ouvia de fascinar, de ficar estudando cada palavra, a colocação, a respiração.

Você não tem músicas com o Cesar Camargo, seu pai, não gravou na Trama, que é do seu irmão João Marcello, e não gravou com o Pedro Mariano, seu outro irmão que é cantor...


E você acabou de escrever A Ovelha Negra da Família (risos).


Não fica faltando o encontro?


Não sei Miele. É complicado, tem os momentos da carreira de cada um, não são dois, são três. É uma matemática complicada.

Se você fosse gravar um Duets, quem chamaria?


Putz, que medo dessa resposta... Ah, chamaria Lenine, Camelo, tio Milton (Nascimento)...

Você estudou música?


Nada.

E quando soube que era afinada?


Não lembro. Há algum momento na infância, na escola, de uma amiga falar "não entendo como é que você consegue cantar tão afinada". E eu: "Não entendo como é que você consegue cantar não afinada" (risos).

Pensou em ir ao Rock in Rio?


Não, primeiro porque estava exausta. Mas tenho curiosidades sim, tenho curiosidade geral, gosto de pop, compro disco da Britney Spears, vejo esses negócios de shows da Katy Perry, até para ver do que eu não gosto, para ter inspiração ou não inspiração, ouço de tudo.

Sertanejo, você ouve?


(Pausa)

Tchan! Pausa!


Pausa dramática! (risos).


Eles fazem grandes shows hoje em dia. São shows com tanta produção que se tirar o cantor fica bom do mesmo jeito.


Não faz diferença (risos).


Às vezes melhora (risos)


Bom, mas gosto de música caipira, um sertanejo mais antigo, tem coisas de que gosto muito.

Qual vai ser a carreira do disco novo, Elo?Esse é um projeto atípico, né?


Na verdade, não há um show de estreia, já estou com esse show há um ano e meio (já que o disco é resultado da temporada de shows em São Paulo). Começo semana que vem com shows em Jundiaí, depois Rio e São Paulo só para novembro.

Você fala de sua timidez, mas algo que não parece no palco é que você seja tímida.


Ali eu sou muito segura do que estou fazendo. Ali quem manda sou eu. Na verdade aprendi a lidar com a timidez por estar recebendo pessoas o tempo todo, então consigo dar uma camuflada. Mas tive alguns encontros de passar vergonha. Um com o Chico Buarque foi vergonhoso.

Por quê?


Comecei a gaguejar, eu não conseguia falar.

Quando foi a primeira vez que você se ouviu no rádio?


Eu estava em casa, meu primeiro disco havia saído. O telefone tocou, eu atendi e era uma chamada errada. Eu disse ‘não tem ninguém com esse nome’, mas ao fundo a pessoa estava me ouvindo no rádio. Era a música Festa. Aí o telefone tocou de novo, eu atendi e a música continuava ao fundo.


Eu não vou perguntar de uma tal de Elis Regina (risos). Isso a incomoda ainda?


Tá vendo? Nunca incomodou, não tenho problema em ser filha da Elis Regina. O que me incomodava é a pressão que colocavam para eu continuar a fazer um trabalho dela. Sou no máximo a herdeira, está no RG. Só isso. Mas me colocarem como substituta. Aí dizem ‘Ah, ela não gosta de ser comparada à mãe’. E depois que eu tive filho, vejo o meu filho, vejo o que ele tem de mim, o que tem do pai dele, vejo o que ele tem dele mesmo. E principalmente eu compreendo a saudade que as pessoas têm da Elis. Eu compreendo de verdade. Eu sinto esta saudade também, de outra forma, mas eu sinto e compreendo o que era a Elis Regina, a cantora, a ativista política, uma mulher incrível.

O que você canta para seu filho Antonio?


Ele pede uma música lá... Mas quando você desligar esse negócio aí eu te conto qual é.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Maria Rita mostra seu lado modelo e faz ensaio fotográfico



A cantora posou para as lentes de Wagner Carvalho.

A cantora Maria Rita mostrou seu lado modelo e posou para as lentes de Wagner Carvalho. O ensaio foi para o site do amigo e maquiador particular Mauro Brettas.


Maria Rita em ensaio fotográfico (Foto: Wagner Carvalho / Divulgação)


Maria Rita e o maquiador Mauro Brettas em ensaio fotográfico (Foto: Wagner Carvalho / Divulgação)