terça-feira, 24 de abril de 2012

Um microfone vermelho regável


As luzes se apagaram
os aplausos cessaram
o camarim esvaziou-se
e ela jaz
no banco do ônibus,
Jazz no banco de ônibus.
E tudo o que ela pensa é:
- Porra, preciso de uma massagem.
Nos pés.
Pois a massagem
no ego
já não faz diferença.
A privacidade é
Invadida
o afastamento é
desrespeitado
e no fim
tudo o que ela precisa
é de uma porra de uma
massagem
nos pés.
Agora.
Envolvida e
acolhida por milhares.
Mas não abraçada.
Ainda que enrubescida
pelo que ouve
e pelo que lê.
Mas não confortada.
Enquanto todos buscam
em sua voz
o amparo para suas dores
é no abraço do
silêncio
que ela se conforta
e se renova.
Desafios, desafios.
Desafio.
Dez a fio.
E nenhum remanescente.
Processos de
auto-reciclagem
demoram mais do que
esperamos.
Esperemos, pois.
Se apaixonar
é uma prática
de auto-bullying.
(para Maria Rita)
Felipe Voigt

sexta-feira, 20 de abril de 2012

05 de maio: Nova data do show NIVEA Viva Elis em São Paulo


A BDF NIVEA Brasil e a produção da artista Maria Rita informam que o show gratuito em homenagem à Elis Regina, iniciativa do projeto NIVEA Viva Elis, acontecerá na cidade de São Paulo no dia 05/05/2012 (sábado), às 15h, no Parque da Juventude, localizado em Santana (zona norte da capital).
Serviço
Data: 5 de maio (sábado).
Horário: 15h.
Entrada gratuita – não é necessária a apresentação de ingresso.
Local: Parque da Juventude / Área Central.
Telefone (11) 2251-2706.
Acesso pelos seguintes endereços:
Avenida Zaki Narchi, 1309.
Av. General Ataliba Leonel, 500.
Av. Cruzeiro do Sul, 2.630.
Obs.: O Parque da Juventude fica próximo à Estação Carandiru do Metrô.

terça-feira, 17 de abril de 2012

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Começou! Primeira fase Prêmio Multishow 2012


CLIQUE AQUI E INDIQUE AGORA MESMO!

IMPORTANTE: Dois shows de Maria Rita pela turnê NIVEA Viva Elis são adiado


Os shows da cantora Maria Rita na turnê Viva Elis no Rio de Janeiro e em São Paulo foram adiados. As apresentações são parte do projeto que homenageia a cantora Elis Regina, mãe de Maria Rita. A produção do evento ainda não informou o novo local e a data da apresentação na capital paulista, inicialmente marcada para o dia 22 de abril no Auditório do Ibirapuera.
Segundo comunicado divulgado pela produção do evento, a medida foi adotada devido a restrição de público, limitado a 15 mil pessoas. A intenção é realizar o show em um local que comporte um público maior.
Já o show que aconteceria no Rio de Janeiro no dia 29 de abril foi remarcado para 13 de maio, às 16h, no Aterro do Flamengo. A alteração foi feita para que o encerramento da turnê coincida com dia das mães.
“A ideia é aproveitar esse dia tão representativo para encerrar a turnê do projeto, concebida para ser uma verdadeira homenagem de filha para mãe, com Maria Rita cantando sucessos de Elis Regina. Assim, não poderia ser mais apropriado realizar o evento justamente nessa ocasião – um grande presente para a diva da música popular brasileira e também para o público no Rio de Janeiro”, afirmouTatiana Ponce, diretora de Marketing da Nivea, patrocinadora do projeto, em nota.
O espetáculo Viva Elis estreou no último dia 24 de março em Porto Alegre, cidade onde Elis nasceu, e já passou por Recife e Belo Horizonte. A banda que acompanha Maria Rita é formada por Thiago Costa (piano e teclado), Sylvinho Mazzucca (baixo acústico e elétrico), Davi Moraes (guitarra) e Cuca Teixeira (bateria).
Maria Rita - Viva Elis
13 de maio – Rio de Janeiro
Local: Aterro do Flamengo – R. Buarque de Macedo, s/n. – Flamengo
Hora: 16h
Entrada gratuita

NIVEA Viva Elis em BH: Viver é melhor que sonhar…


Por Jéssica Rodrigues (Colaboradora)
Fui apresentada às músicas de Elis por minha avó ainda quando menina e, esta semana, presenciei a maior homenagem feita à maior cantora que nosso país já teve e arrisco dizer, que terá. Sempre tive apego às canções e interpretações de Elis. Acho que muito pelas memórias que me trazem. Hoje, após o que (ou)vi, percebo que fora simples egoísmo meu. Quanto mais difundida uma arte de forma pura e honesta, mais bonita ela se torna.
Fui para ver Maria Rita cantar pura e simplesmente em homenagem à mãe, e fui surpreendida por algo muito maior. Vi um céu azul e limpo – num dia previsto de chuva, vi o horizonte mais bonito do alto da montanha, vi cerca de 30 pessoas esperarem por 7 horas sussurrando incansavelmente as canções, vi mais de 9 mil unidas por uma só voz e vi uma pessoa linda, serena, iluminada, segura e em paz em cima do palco. Uma princesa angelical com olhos d’água. Um ser em sua plenitude, o que faz tudo soar natural e sincero.
Os olhos da cantora e do público voltados para o céu tornam o show um misto de música, prece e gratidão.
A frase de Elis logo na primeira música – ” Precisamos cantar o que é nosso!” soa como um grito de guerra, uma convocação em defesa de sua obra e memória. Todos aceitam! As armas? Bolinhas de sabão que carregam toda energia positiva, fé, força e memórias sopradas levemente por cada um para a cantora como forma de ampara-lá nessa difícil missão e depois tomam o céu ecoando a música e embelezando ainda mais o espetáculo com o colorido de seus reflexos. Nada mais simples e puro. Se é uma emoção imensurável para nós espectadores, imaginem para a filha que, assim como muitos de nós, conheceu sua mãe por entrevistas, histórias e principalmente pela música. Elo que une Maria Rita à Elis e nos une às duas.
A platéia se divide ao longo do show em participar ativamente, cantando, vibrando e empolgando e em outros momentos, a serem meros espectadores, silenciando para contemplar as obras como sinal de devoção, tamanha a genialidade e emoção. Algumas vezes ouvi minha avó dizer que esse mundo era pequeno demais para Elis. Hoje entendo. Elis transcende gerações, lugares, ocasiões. Elis está nos céus, na casa, na memória e no coração de todo brasileiro. Seu 1,50m era apenas disfarce para a sua grandeza.
Os pais desejam tantas coisas aos filhos… Elis foi tão singela e objetiva ao desejar que Maria Rita fosse leve. Algo tão abstrato. Mas Elis, inteligente como sempre, sabia o que estava dizendo e fomos testemunhas ao vivo disto – a leveza de sua filha naquele palco é algo inexplicável. Singelo. E valeu muito mais que tantas outras coisas que desejamos. É Elis… O quanto você ainda tem para nos ensinar!
Digo, sem resquícios de dúvidas, que este foi não só o melhor show que (vi)vi, mas o que – de fato – me transformou de alguma maneira. E posso dizer que transformou à Maria Rita, assim como todos àqueles que estavam presentes. Impossível sair sem a sensação plena de felicidade por ter presenciado, ao menos 1 vez na vida, algo indescritível a ser contado aos filhos naquele almoço de domingo com a família, ou numa simples tarde com os netos.
Obrigada Elis pela genialidade e sensibilidade da obra! Obrigada Maria Rita pela sinceridade e generosidade de compartilhar este momento!
Quando as estradas se encontram, o caminho fica mais bonito.
Ame o passado, mas nunca esqueça de abrir os olhos para presenciar o novo!
Jéssica Rodrigues  @_jerodrigues
25 anos

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Viva Elis: Exposição começa no próximo sábado, em SP


Entre 14 de abril e 20 de maio acontece a exposição Viva Elis, no Centro Cultural São Paulo (Piso Flávio de Carvalho). Com mais de 200 fotos da carreira da cantora, a mostra traz também entrevistas, ingressos, pôsteres de shows, vídeos de apresentações ao vivo, especiais de televisão, objetos pessoais, revistas e jornais da época.
A mostra reúne depoimentos de artistas que trabalharam com ela e uma sala onde o público pode ouvir a voz de Elis (Créditos: Divulgação). Além disso há um documentário com depoimentos de artistas que trabalharam com ela e uma sala onde o público pode ouvir a voz de Elis sem acompanhamento instrumental. Na abertura da exposição, a cantora Fabiana Cozza faz um show com o Zimbo Trio em homenagem à Elis, na Praça Mário Chamie (Bibliotecas).
A exposição é parte do Projeto Viva Elis, idealizado pelo filho da cantora João Marcelo Bôscoli, e conta também com uma série de cinco shows gratuitos de Maria Rita. A mostra segue para Porto Alegre (10 de junho a 15 de julho), Recife (5 de agosto a 25 de setembro), Rio de Janeiro (10 de outubro a 11 de novembro) e Belo Horizonte (27 de novembro a 6 de janeiro de 2013).
  • Datas: 14 de abril a 20 de maio de 2012
  • Horários: Terça a sexta, das 10h às 19h30; sábado, domingo e feriado, das 10h às 17h30
  • Preços: Gratis
São Paulo
Quando: de 14 de Abril a 20 de Maio
Onde:Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1000, Liberdade)
Quanto: Entrada gratuitaPorto Alegre
Quando: de 10 de Junho a 15 de Julho
Onde: Usina do Gasometro (Av. Presidente João Goulart, 551, Centro)
Quanto: Entrada GratuitaRecife
Quando: de 5 Agosto a 25 de Setembro
Onde: Parque Dona Lindu (Rua Setúbal, 1139-1189, Boa Viagem)
Quanto: Entrada Gratuita
Rio de Janeiro
Quando: de 10 de Outubro a 11 de Novembro
Onde: CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Primeiro de Março, 66, Centro)
Quanto: Entrada Gratuita
Belo Horizonte
Quando: de 27 de Novembro a 06 de janeiro de 2013 –
Onde: Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1537, Centro)
Quanto: Entrada Gratuita
-
A abertura está marcada para o dia 14 de abril, no Centro Cultural São Paulo, e vai reunir fotos da cantora, imagens de entrevistas, cenas de shows e especiais de TV, ingressos e pôsteres, objetos pessoais, roupas, documentos e, é claro, sua música.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Maria Rita chega a meio milhão de seguidores!


No dia 05 de abril de 2012, Maria Rita chegou à marca de 500 mil seguidores. Sim! Meio milhão! Ela usa a ferramenta há um bom tempo (mais de 3 anos), e a primeira fã a descobrir foi Patricia Garcia. Na época, as comunidades da cantora no Orkut bombavam, e ela abriu um tópico para avisar todos os fãs. O twitter era trancado, e pouco depois, a cantora liberou para os fãs seguirem e ficarem por dentro das novidades. Pronto: Milhares de fãs abriram contas no Twitter para acompanhar os tweets da cantora.
(Quem não foi pro twitter por causa da Maria Rita que atire o primeiro LP da cantora!)
Entre uma reunião e outra no escritório, uma parada no aeroporto ou até mesmo antes/depois de um show, MR sempre aparece no twitter para falar com os fãs e amigos, e às vezes posta uma foto – seja no Twitpic, Instagram, ou Hipstamatic – ou até mesmo um vídeo, no SocialCam.
Recentemente, a cantora conseguiu o certificado de conta oficial, e também alterou o avatar do aplicativo – a foto, é bem no clima “NIVEA Viva Elis”. Numa brincadeira para a nova “bio” (descrição do profile), a cantora abriu um bolão, e dicas não faltaram! Entre algumas, @HiagoVinicius mandou “Me cansa essa vida de artista, mas cada vez o prazer é maior!”, @aCamilaCamargo lembrou de “Quereles do Brasil” com o trecho “Do Brasil, SoS ao Brasil”  e a @GabyGianoti sugeriu “Canta, que a vida passa e se ela passa, melhor cantar!”, trecho de “Imagem” – música de abertura do show Viva Elis. Pra fechar, a @livocaa completou com: “Não consigo pensar com essa pressão toda!”. A cantora ainda não mudou a bio, porque do iPhone não conseguiu alterar. Resta esperar.
BACANUDAS APPLEMANIACAS
E essa mania de twitter não para por aí! A fã Vanessa Godoy lançou moda: Em um show no CitiBank Hall – SP ela pediu pra Maria Rita assinar o iPhone dela (de onde ela acessa o twitter todos os dias depois do trabalho para ver todas as atualizações da cantora) – Maria Rita ficou surpresa, achou engraçado e perguntou: “Você tem certeza? Isso aí custa muiuto dinheiro!”, ela disse que sim e a cantora ainda brincou: “Doida!”
Maria Rita sempre a reconhece por causa dessa história, mas a parte triste é que o autografo não existe mais. Um dia em um bar, ela colocou o aparelho que estava com a capa trincada sobre uma mesa e não viu que ela estava molhada. O autógrafo “derreteu”, na mesma hora. O registro fica na lembrança, e em fotos, claro!
A fã Jéssica Rodrigues também sempre quis ter o iPhone assinado, e  quando ela viu o autografado pra Vanessa Godoy (quando ele ainda existia), a vontade aumentou – já que o iPhone sempre está perto dela, e se ele estivesse autografado, seria uma representação simbólica da cantora, como diz ela. Ela esperou dois anos até ter o celular assinado: Maria Rita foi gentil, e ainda brincou: “De novo a história do iPhone? Só autografo se eu puder ver as fotos!”
A emoção foi tanta, que acreditem: até o iPhone travou, ali mesmo no CitiBank Hall, só voltando a funcionar no dia seguinte. Sempre perguntam se Jéssica tem medo que o autografo apague, e ela sempre diz: “Relíquia que não troco, não vendo e não empresto!”, Tá certa! O sobrinho dela de 7 anos perguntou: “Ela que escreveu, de verdade?” e quando ela disse que sim, ele falou: “Quando eu ganhar um iPhone você pede pra ela escrever no meu também?”
Ela conta que já foi mais assídua no twitter, mas apesar da correria do dia a dia, sempre que pode dá uma olhada nos tweets da cantora, afinal, ninguém é de ferro, né? E a saudade do fã aperta… Vocês sabem…
Mas quem usa bastante o twitter é a Marina Nahas, apelidada pela Maria Rita como “Foffffffffffffffa”, que olha as atualizações constantemente, e quase toda hora! Ela confessa: “acho sensacional essa ferramenta, facilita esse contato fã/ídolo!”
Marina (ou a Fofffa, como você preferirem), que acompanha a carreira da MR desde 2008 também tem o iPhone assinado pela cantora. E foi numa noite de pós-show do então “Elo Tour” que aconteceu, com a família inteira presente, apoiando-a como de costume: Marina teve a ideia e a própria família a incentivou a pedir o autógrafo no celular. “Na minha memória, aquele momento ficará pra sempre, pois é muito especial!” conta ela, e ainda afirma que não é uma loucura, e que é muito mais que uma assinatura, afinal, Maria Rita é muito especial pra ela – e para todos nós.

“Cupido” do primeiro disco de Maria Rita está na trilha da novela Avenida Brasil



quarta-feira, 4 de abril de 2012

Na Billboard Brasil. Dia 10 nas bancas.


FOTO: DIVULGAÇÃO
Maria Rita, filha de Elis Regina, falou em entrevista à revista “Billboard” sobre as lembranças que tem da mãe. Segundo ela, a única recordação que tem é do velório da cantora.
“A única lembrança que tenho dela, que sei que é minha memória, e não uma imagem impressa em revista, jornal ou televisão, é a do velório. Me lembro de vê-la deitada, ‘dormindo’, linda. E eu muito confusa com aquele monte de gente me pegando no colo. Eu sabia que ela era alguém desde sempre”, afirmou.
Durante a montagem do show em que canta músicas do repertório da mãe, Maria Rita teve uma crise emocional. “Num dia [de ensaio para os shows], uma dor de estômago tomou conta, eu tremia, suava frio. Cheguei a cogitar uma intoxicação alimentar. Suspendi o ensaio, e, quando cheguei em casa, tive uma crise de choro, no colo do meu marido. Choro de alívio e de toda a emoção que eu vinha substituindo pelo foco direcionado para a montagem do espetáculo”, contou

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Projeto Nivea Viva Elis emociona Recife


Image
Foto: Thais Costa Lima                                                                                                                                Texto: Lorena Cardoso
Para apresentar o projeto Nivea Viva Elis em Recife, Maria Rita subiu no palco do Parque Dona Lindu com olhos marejados e boca tremendo. A entrada foi o bastante para a multidão presente entender os sentimentos que envolvem o projeto: a responsabilidade de profissional, ao cantar o repertório imortalizado no imaginário coletivo pela voz da “maior cantora que esse país já teve”, como afirmou Maria Rita, e a emoção de filha ao reviver parte de sua história por meio da obra da mãe. As lágrimas até puderam ter borrado a maquiagem, mas não apagaram o brilho e agregaram ainda mais significado à apresentação.
O encontro musical de mãe e filha demorou dez anos para acontecer, graças a esse tempo de amadurecimento, pessoal e profissional, Maria Rita conseguiu realizar uma homenagem a altura de Elis Regina.  A cantora mostrou segurança, técnica, emoção, também interpretação e voz afinadíssima. Também mostrou sua marca registrada em shows: cenário bonito e simples, iluminação calculada, além da banda, que mais do que acompanhar, deu o tom do show, com arranjos novos e cuidadosos. Alguns fãs não deixaram escapar, durante a apresentação, outro detalhe que já faz parte dessa marca registrada: os sapatos deslumbrantes da cantora!  A empresa Nívea, que patrocina o projeto, distribuiu brindes divertidos, entre eles bolinhas de sabão, que foram feitas, conforme indicação, durante a segunda música do show. A empresa também garantiu água, que aliviou o cansaço de quem chegou ainda sob sol forte.
O repertório foi muito bem montado. Por meio dele é contada a trajetória de Elis Regina, ressaltando alguns dos pontos mais importantes de sua carreira: a sua consagração com “Arrastão”, momento do show onde o público soltou bolinhas de sabão; os seus ídolos, Cauby Peixoto, Ângela Maria e Tom Jobim; o seu engajamento político, com o tema da anistia; os compositores que lançou, entre eles, MR destacou Milton Nascimento, a lançou e foi lançado por Elis.
Em suas falas, durante o show, a cantante fez agradecimentos – ao publico, aos músicos, ao patrocínio, ao irmão, à prefeitura – e falou de sua relação com a cidade de Recife, onde deu seus primeiros passos sob o olhar da mãe, como descobriu recentemente. Também comoveu por sua transparência ao falar da relação com Elis, de sua idealização da figura materna e do seu encontro com a mãe por meio de suas músicas. Ela afirmou que a maturidade a faz compreender sua mãe e se identificar com ela em suas músicas, que foram ganhando significados diferentes ao longo do seu desenvolvimento.
O público era inclassificável. Crianças, adultos, idosos, fãs da mãe, da filha, da família toda. Gente de Recife, Olinda, Fortaleza, Brasília, Maceió… Gentes tão diferentes, mas que uniram as vozes em um coro, uma só nota, que  emocionou a cantora diversas vezes, e fez com que ela calasse e deixasse o povo levar a música, como se reafirmasse o que diz a letra de Imagem, que abre o show, “ é de vocês o meu cantar, é só pra vocês nosso cantar”.
Maria Rita não poderia ter escolhido melhor forma de celebrar seus 10 anos de carreira, cantar Elis Regina com um projeto tão cuidadoso foi tão acertado quanto a comemoração das bodas de Elis em dueto com Tom Jobim. Assim como o encontro da Pimentinha com o maestro, esse projeto merecia um registro de qualidade para a eternidade.
 Sai a cosplayer de aprendiz de jornalista, entra a fã.
Pelo twitter, a Maria Rita me agradeceu por ter ido ao show, atravessando mais de 800 km de carro para vê-la, porém eu é que tenho que agradecer. O que eu senti ali naquele parque só consegui expressar em lágrimas. Sempre soube que esse show mexeria muito com as minhas emoções, afinal o repertório de Elis também faz parte da minha história e eu sou mais derretida que manteiga de garrafa ouvindo música, mas nunca imaginei que seria daquela forma. Chorei desde que a MR pôs os pés no palco, chorando também, até o final. Além da emoção de ouvir Elis na voz da Maria, o que mais mexeu comigo foi o fato do show ter me preenchido como nunca antes tinha acontecido.  Adoro os shows da MR, todos estão gravados na memória e coração, mas quem me conhece sabe da minha frustração de nunca ter conseguido uma foto com a cantora (durante esses quase seis anos correndo atrás dela!), e todo fim de show, é sem querer, bate um vazio, pois vejo indo embora a ilusão de realizar esse sonho. Dessa vez foi diferente. Não esperei nada além de um grande show e recebi um reconhecimento acolhedor, mesmo que só eu tenha percebido (quase como se canta em “Cupido”). Isso é uma coisa muito interna, pessoal e deve ter acontecido em parte porque, enfim, deixei de lado esse sonho adolescente/infantil, e por outra porque acho que esse show tem uma magia diferente. Já nem sei mais explicar, só sei que foi assim. Pronto, desabafei com vocês o motivo d’eu ter a audácia de dizer que esse foi o melhor show da vida.
Beijo,
Lorena.

NIVEA Viva Elis: Recife